INFLAÇÃO DESACELERA EM ABRIL,
MAS FICA MAIS LONGE DA META EM TERMOS ANUAIS
Em abril, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) desacelerou para 0,57%, frente à alta registrada em março (0,75%), abaixo das expectativas de mercado. Os principais impactos no mês vieram da elevação dos preços dos alimentos, combustíveis e remédios, que tiveram reajuste anual. Contudo, em 12 meses, a inflação passou de 4,58% para 4,94% (ver tabela abaixo), distanciando-se ainda mais da meta anual perseguida pelo Banco Central (4,25%).
No mesmo mês, o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), também apresentou elevação inferior à observada em março, chegando a 0,90%, mantendo a alta em 12 meses praticamente estável em 8,25%, devido à perda de força da inflação das matérias primas agrícolas (IPA AGRO), que compensou a maior elevação dos preços dos insumos industriais (IPA IND), pressionados pela alta do câmbio.
Em síntese, em abril, a inflação oficial, medida pelo IPCA, em 12 meses, se distanciou ainda mais da meta anual de inflação perseguida pelo Banco Central. Porém, trata-se de uma situação momentânea, marcada por aumentos de preços pontuais. A grande ociosidade da economia deverá fazer, ao longo dos próximos meses, a inflação convergir para patamares próximos à meta, mesmo que a pressão sobre os preços das matérias primas industriais se mantenha, em linha com os maiores níveis da taxa de câmbio.
Por IEGV - Instituto de Economia Gastão Vidigal