INFLAÇÃO CONTINUA DESACELERANDO EM MAIO
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) desacelerou de forma mais intensa em maio, mostrando alta de apenas 0,13%, abaixo das expectativas de mercado, explicada principalmente pela queda dos preços (deflação) de alimentos, devido às condições climáticas mais favoráveis. Esse resultado contribuiu para o recuo da inflação em 12 meses, resultado mais próximo do anual, a recuar para 4,66% (ver tabela abaixo), ainda acima da meta anual perseguida pelo Banco Central (4,25%).
No mesmo mês, o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), também desacelerou de forma mais intensa, devido à diminuição dos preços das matérias primas agrícolas (IPA AGRO) e à descompressão dos preços dos insumos industriais (IPA IND), causada pela redução da taxa de câmbio. A menor inflação mensal refletida por esse índice ocasionou desaceleração em 12 meses, ainda maior que no caso anterior, alcançando a 6,93%.
Em síntese, a inflação, independentemente do índice considerado, já começa a mostrar sinais de recuo, devendo manter essa tendência nos próximos meses, devido à redução esperada na tarifa elétrica, que passará para a bandeira tarifária verde, e aos cortes de preços do combustível nas refinarias da Petrobras. Também é importante mencionar que essa desaceleração da inflação, aparte dos fatores mensais pontuais, reflete a fraqueza da atividade econômica.
Por IEGV - Instituto de Economia Gastão Vidigal