VAREJO TEM DESEMPENHO FRACO NO COMEÇO DO ANO,
MESMO SEM AINDA SER AFETADO PELO CORONAVÍRUS
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as vendas do varejo restrito (que não inclui veículos e material de construção) cresceram apenas 1,3%, frente ao mesmo mês de 2019 (ver tabela abaixo), enquanto no ampliado (que inclui todos os segmentos) o aumento foi de 3,5%. Em 12 meses, houve alta de 1,8% e 3,9%, respectivamente, mantendo o ritmo lento do final do ano passado.
Na comparação anual, móveis e eletrodomésticos e veículos apresentaram as altas mais expressivas, explicadas pelo aumento do crédito à pessoa física e pela redução da taxa de juros, enquanto os demais segmentos que exibiram expansão, em geral, se beneficiaram dos aumentos do emprego e da renda. Na contramão, hiper e supermercados, que representam quase metade da amostra, mostraram queda no volume de vendas, decorrente dos maiores preços dos alimentos.
Em síntese, as vendas do varejo começaram o ano mantendo a marcha lenta observada no final do ano passado. A perspectiva para os próximos meses é incerta, pois dependerá da duração e extensão do coronavírus em nosso País, que levou ao fechamento do comércio. De todo modo, espera-se uma contração acentuada do volume de vendas, que poderia ser atenuada, em parte, pelo desempenho provavelmente positivo dos ramos supermercadista e farmacêutico, e pelas medidas econômicas compensatórias anunciadas pelas autoridades econômicas.
Por IEGV - Instituto de Economia Gastão Vidigal