No momento, o País aguarda o desenlace de uma das eleições presidenciais mais incertas e fragmentadas da história recente. Em consequência da incerteza, do elevado desemprego, do crédito ainda caro, do fraco crescimento da renda e da baixa confiança de consumidores e empresários assistimos à lenta recuperação da atividade econômica.
Nas últimas semanas, a crise econômica ocorrida na Turquia se somou às incertezas provocadas pela guerra comercial entre Estados Unidos e China, aumentando a instabilidade do cenário externo, num contexto de expectativa de novos aumentos da taxa de juros internacional. O “estopim” dessa crise foi a sobretaxação das exportações de aço e alumínio daquele país por parte do Governo norte-americano, que colocou em risco sua capacidade de pagamento dos compromissos externos, levando à expressiva depreciação de sua moeda.
Tal como se esperava, a greve dos caminhoneiros, que paralisou o fluxo de transporte de insumos e mercadorias por todo o País nas duas últimas semanas de maio, provocou fortes efeitos negativos sobre a atividade econômica neste mês.
A greve dos caminhoneiros, deflagrada no final do mês de maio, ao bloquear a livre circulação de insumos e mercadorias pelo principal modal de transporte da economia brasileira, afetou negativamente a produção industrial, as vendas do varejo e o volume comercializado de serviços tanto neste mês, como, pelo menos em parte de junho.
Dois fatos, intimamente relacionados, chamaram a atenção na semana passada: a depreciação do Real frente ao dólar e a manutenção da taxa de juros básica (SELIC) por parte do Banco Central.
Enquanto a produção industrial e o varejo continuam mostrando tendência de retomada do crescimento, ainda que mais lenta do que o esperado, os serviços seguem decepcionando, ao registrarem queda de 1,8% em seu volume comercializado no primeiro bimestre do ano, de acordo com os dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada pelo IBGE.